Diário de desmame gentil guiado [1]



Na noite passada conversei com ele enquanto dormia, aproveitando o chamado “sono rem” (falarei mais sobre isso em um post futuro, mas, se estiver curiosa, pesquise por posts da Psimama). Disse-lhe que esses quase três anos de amamentação foram maravilhosos e importantes para mim, que eu adoro dar-lhe de mamar, mas que chegou a hora de ele passar pra uma nova fase da vida dele, sem o mamá. Disse-lhe que também eu preciso entrar em uma nova fase da minha vida, mas que meu colo e meu carinho serão dele pra sempre. Repeti que, sempre que ele precisar de aconchego, poderia encontrar no meu colo e no meu carinho, mesmo sem o mamá. Acariciei seu cabelo, beijei sua testa e afaguei suas mãos. “Boa noite, meu filho, que você durma bem e todos possamos descansar bem para amanhã estarmos bem dispostos para brincar bastante!”.
Durante a noite, ele teve uma crise de tosse. Acordou por volta da meia noite e me chamou. Quando cheguei ao quarto, ao invés do “mamãe, eu quero mamar!”, ele me disse “mamãe, eu quero carinho!” Deitei ao seu lado, tomando o cuidado de ficar na mesma altura para ele não sentir “o cheiro” do mamá, e comecei a acariciar os seus cabelos. Ele dormiu rapidamente, apesar de estar bastante agitado por causa da tosse.
Nesta noite, eu o acordei por volta da meia noite para tomar um remédio, já esperando que ele precisasse do mamá para readormecer. Mas não. Ele simplesmente fechou novamente os olhos e adormeceu sozinho.
Quando já estava amanhecendo, pouco antes do despertador tocar, ele chamou: “Mamãe, quero mamar!” Calcei rápido os chinelos e qual foi minha surpresa quando cheguei ao seu quarto: ele repetiu “mamãe, quero carinho!” Repeti o gesto da noite anterior, me colocando ao seu lado e acariciando seu cabelo, enquanto ele encaixou a mãozinha dentro da minha blusa, dizendo: “minha mãozinha tá quietinha, mãe!”. A claridade do sol já entrava pelas frestas da janela, então eu lhe disse que podíamos levantar pra tomar café da manhã e ele me respondeu com uma pergunta: “A senhora pode me dar um pouquinho de mamá?”
Já raiou o sol, claro que pode mamar, meu amor!” (Disse assim porque em noites anteriores nós já tínhamos combinado que ele não me acordaria no meio da noite para mamar, mas que esperaria amanhecer).
Mamou um pouquinho e levantou todo animado. E eu fiquei pensando em como as crianças nos surpreendem...

- Com este post, inicio o Diário de desmame do Marcos. Fiz muitas pesquisas na internet e alguns testes aqui em casa e estamos vivendo essa transição de forma respeitosa e calma. Pretendo fazer posts periódicos contando nossas experiências nesses dias e, quando o desmame finalmente acontecer, planejo fazer um post final com resumo e conclusões, e também apresentando indicações de leituras extras!

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